domingo, 12 de junho de 2016

Enfermagem lidera ranking de carreiras que “podem mudar o mundo”

 Os enfermeiros são os profissionais que mais acreditam que seu trabalho está mudando o mundo, segundo levantamento do PayScale, empresa norte-americana de recursos humanos.
  A pesquisa ouviu 1,4 milhões de ex-universitários de 1.016 faculdades americanas. Os trabalhos significativos mais citados pelos profissionais entrevistados têm relação com cuidado do físico, emocional e mental.
"Nos últimos anos, nós definitivamente estamos vendo um aumento notável de pessoas que estão procurando empregos que tenham um significado", afirmou Katie Bardaro, economista da PayScale.

  Entre os profissionais formados em enfermagem, 85% acreditam que seu trabalho pode tornar o mundo melhor.







sexta-feira, 10 de junho de 2016

Anna Nery

A PRIMEIRA ENFERMEIRA DO BRASIL: ANNA NERY

Anna Justina Ferreira Nery nasceu em 13 de dezembro de 1814, na Bahia, filha de José Ferreira de Souza e Luiza Maria das Virgens. Sua família sempre foi bem conceituada, tinha quatro irmãos: Manoel Jeroiymo Ferreira e Joaquim Mauricio Ferreira eram tenentes-coronéis, já Ludjerio Rodrigues Ferreira era médico, e Antônio Benicio Ferreira era um conceituado corretor.
Anna casou- se com o capitão tenente da marinha Isidoro Antônio Nery, em 15 de maio de 1838. Precisou enfrentar períodos onde seu marido não estava presente, por causa de seu trabalho. Mas seu marido sempre esteve presente no nascimento dos três filhos Justiniano de Castro Rebello, Isodoro Antônio Nery e Pedro Antônio Nery.
Em 05 de julho de 1844, seu esposo falece aos 43 anos. Algum tempo depois Anna vai com seus filhos para Salvador para que eles possam ter uma melhor instrução profissional.
A viúva devia viver como as mulheres virgens: não tinham voz ativa, não participavam na esfera econômica, social e política.
 No século XIX ela vivia com dois de seus filhos em Salvador. Para que seus filhos tivessem acesso a vida universitária, Justiniano de Castro Rebello e Isidoro Antônio Nery dedicaram-se a medicina. O filho mais novo Pedro Antônio Nery dedicou-se a carreira Militar, era cadete da escola militar do Rio de Janeiro.
Em 1865, com a formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), o Brasil luta contra o Paraguai. Com essa guerra os filhos de Anna são convocados pelo exército para lutar nas frentes de batalha. Muito sensibilizada com o fato, ela manda um ofício para o presidente da província Manuel Pinto de Souza Dantas, solicitando para si mesma um trabalho na guerra, como enfermeira, alegando, basicamente, dois motivos principais: primeiro, a dor causada pela separação dos filhos e, segundo, a vontade de atenuar o sofrimento dos combatentes.
Aos 51 anos de idade, e sem esperar a resposta do seu pleito, Anna Nery viaja para o Rio Grande do Sul, e lá aprende as primeiras noções de enfermagem com as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo. No dia 13 de agosto de 1865, visando cuidar dos doentes e feridos, a baiana parte para o campo de batalha, com o exército de voluntários, tornando-se a primeira mulher enfermeira do país.
Anna Nery consegue permanecer quase cinco anos no campo de batalha, chamando a atenção, como enfermeira, em todas as regiões por onde passou. Além dos seus filhos, lutam na guerra dois dos seus irmãos: os tenentes-coronéis Manuel Jerônimo e Joaquim Maurício Ferreira. Nos campos de batalha, a enfermeira perde seu filho mais velho Justiniano Castro Rebello e um sobrinho, Arthur Rodrigues Ferreira.
Com recursos próprios herdados de sua família, Anna Nery monta uma enfermaria-modelo em Asunción (capital do Paraguai).
Com o fim da guerra Anna foi homenageada por muito tempo de diferentes formas, entre tanto recebeu do imperador Dom Pedro II uma pensão vitalícia, Anna Justina Ferreira Nery faleceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 1880. Em sua homenagem foi denominada, em 1923, Anna Neri, a primeira escola oficial brasileira de enfermagem de alto padrão.
Curiosidade: o dia do enfermeiro é comemorado desde 1965 esse dia foi escolhido para homenagear duas grandes marcas na história da enfermagem Florence Nightingale e Anna Nery.O dia 12 de maio marca o nascimento de Florence, considerada a mãe da enfermagem. Já no Brasil além do dia 12 de maio comemora-se toda a semana até o dia 20 de maio, em homenagem a Anna Nery, pois foi o dia de seu falecimento, Anna Nery foi a primeira a alistar-se voluntariamente para ir a guerra.




Retratos de Anna Nery                        

                         Retratos de Anna Nery e escola de enfermagem.
      Ilustração de como Anna Nery cuidava dos combatentes da guerra. 


Referências 


BIOGRAFIA de Ana Néri: a matriarca da Enfermagem. Disponível em: <http://www.e-biografias.net/biografias/ana_neri.php. Acesso em 04/03/2016

DECRETO n. 2.956 Dia do enfermeiro. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/bancolegis1.asp?idmodelo=3573 . Acesso em 08/03/2016

PACHECO, Paulino. Ana Néri, a mãe dos brasileiros. Disponível em:<http://www.rcristão.tripod.com/razão/ananeri.html. Acesso em 11/03/2016

SCHUMAHER, Shuma; BRAZIL, Érico Vital (Org.). Dicionário mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade.  Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

SILVA, Fernando Correia da. Ana Néri, matriarca da enfermagem no Brasil: 1814-1880. Disponível em: http://www.vidaslusofonas.pt/ana_neri.htm. Acesso em 18/03/2016




História da Enfermagem no Brasil

                                    HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

Iniciou com a medicina indígena, seus mitos e rituais, e toda a sua cultura influenciava na saúde. Com o descobrimento do Brasil, a Enfermagem no país ficou designada aos jesuítas. Surgiram Casas de Misericórdia no Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina.
O presente estudo aborda o início da profissionalização da enfermagem brasileira através da vinda de enfermeiras francesas, de 1891 a 1895, para o Hospício Nacional de Alienados (HNA), no Rio de Janeiro.
Ao final do século XIX, iniciou uma constante aglomeração de pessoas em precárias condições de vida, eram fatores que facilitavam a proliferação de doenças infectocontagiosas.
Por conta disso e de outros fatores, como economia, Oswaldo Cruz assumiu a Direção Geral de Saúde Pública. Mais tarde, Carlos Chagas assume a saúde no país, e numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.
No período de 1920 a 1926 Carlos Chagas iniciou um projeto para a saúde pública, no mesmo a enfermeira-visitadora teria um papel fundamental a desempenhar como educadora sanitária e foi com essa intenção, proclamada na ocasião, que se institucionalizou a enfermagem moderna no Brasil
Apesar do cenário de não aceitação por parte dos cidadãos em relação ao serviço prestado pelas enfermeiras-visitadoras, grande parte da população lutava para que houvesse uma saúde de qualidade, e por conta disso o governo decidiu criar um ministério somente para a saúde, pois antes o ministério dos trabalhadores englobava o da saúde. Em 1953, surge o Ministério da Saúde, um órgão do Poder Executivo Federal.
 A partir de 1975, um novo modelo foi definido por meio da Lei 2.229 do Sistema Nacional de Saúde, essa lei legitimou a pluralidade institucional no setor e identificou, a Previdência Social como responsável pela assistência individual e curativa, e o ministério da Saúde, por intermédio das Secretarias, cuidados preventivos.
No final da década de 1970 e início de 1980, foi marcado por grande mobilização social, buscando por mais condições, e uma melhor política de saúde. Em 1986 foi criado o SUS, nessa mesma época foram criados mais 26 cursos de enfermagem, nesse período acontecia o sucateamento da rede pública, a medicina perdeu sua autonomia em dependência ao seguro de saúde.



<www2.unifap.br/enfermagem/sobre-o-curso/historia-da-enfermagem/>
Acessado em: 18.mar.2016
<www.soenfermagem.net/historia/>
Acessado em: 18.mar.2016
<brasilescola.uou.com.br/sociologia/o-inicio-das-politicas-publicas-para-saude-no-brasil-republica.htm>
Acessado em: 19.mar.2016

História da enfermagem no mundo

A origem da enfermagem 
A origem da enfermagem nasce com o surgimento do homem, não tendo data e nem local exato. Os primeiros relatos são de algo que atualmente denomina-se por enfermagem, na época consistia simplesmente em um ato instintivamente de defesa a própria raça.

 

A Enfermagem de Caridade, Religião e Crenças Sacerdotais
Dentre tantas nomenclaturas que já se sabe que as enfermeiras tiveram, no início da história, podemos citar em principio feiticeiras, para as autoridades, ou ainda “sábias” para o povo. Junto da igreja católica e mais estes conceitos, foi realizado um extermínio no século XIII, nos Estados Unidos, de todos estes que tinham “o poder” de curar.


As práticas de saúde monástico-medievais
Ocorreu durante a idade média entre os séculos V e XII. Surtos e epidemias de doenças como sífilis e lepra começaram a aparecer a partir de lutas e conflitos. As instalações sanitárias e serviços de saúde eram precárias. Os conhecimentos da saúde eram relacionados a religião, a saúde era cuidada por mulheres que possuíam apenas conhecimentos básicos de enfermagem. O cristianismo afirmava que todas as doenças estavam relacionadas ao pecado, e assim, passaram a ser entendidas como castigo divino.  
 


Práticas da saúde no alvorecer da ciência
A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a basear-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos.


Período de declínio da Enfermagem 
 O chamado “período de declínio” na enfermagem, se estende desde a Idade Média até a organização das escolas leigas, com Florence Nightingale. O fenômeno que se apresenta como declínio ocorreu devido a superlotação das cidades. Muitos das tarefas antes executadas por religiosos são entregues. A serventes, prostitutas, que trabalhavam pesado com baixos salários e extorquiam dinheiro dos indigentes e deixavam os doentes morrer. 



Pesquisa realizada por: Alessandra Pereira, Andre Cardozo, Fabio Gabardo, Gabriela Mengue, Talia Tomazi.


REFERÊNCIAS

GEOVANINI, Telma de. ET AL. História da Enfermagem-Versões e Interpretações. 3ª edição. Rio de Janeiro: Revinter, 2010.
CAVALCATE, Maria de. ET AL. A evolução da enfermagem: um recorte histórico, político e cultural: O que é enfermagem. 3ª Edição. São Paulo: Brasiliense, 2005.
Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2015/322/medicina-e-supersticao>. Acessado em: 29 de março de 2016.